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Acesso em 26/04/2025 às 09h58.

CREA-PA destaca a importância da Engenharia e da valorização dos Povos Indígenas

No Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas, celebrado em 7 de fevereiro, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) reforça a importância da valorização das práticas indígenas e do papel da engenharia no desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais.

7 de fevereiro de 2025, às 14h14 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

 

No Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas, celebrado em 7 de fevereiro, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) reforça a importância da valorização das práticas indígenas e do papel da engenharia no desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais. O respeito ao conhecimento ancestral e a aplicação de técnicas sustentáveis são fundamentais para a preservação das florestas e dos recursos naturais.

Entre os estudantes que unem tradição e tecnologia para um futuro mais sustentável, está Werley Tupayú, acadêmico do 10º semestre de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém. Indígena da região, Werley sempre teve uma conexão profunda com a natureza e viu na Engenharia Florestal a oportunidade de proteger a floresta de forma consciente e responsável.

Engenharia Florestal como Instrumento de Respeito e Sustentabilidade

“Desde sempre tive contato com a natureza, com o rio, com a floresta, e sabia que existiam muitas pessoas que exploravam as florestas pensando apenas no dinheiro. Então, decidi escolher uma profissão que me permitisse trabalhar na floresta de maneira sustentável, respeitando os rios e os saberes locais dos povos indígenas”, explica Werley.

Para ele, a Engenharia Florestal surge como um meio de aprender e aplicar conhecimentos científicos sem destruir o meio ambiente. “Nós, indígenas, temos o respeito pela floresta como princípio fundamental. A Engenharia Florestal me permite estudar e trabalhar do jeito certo, sem devastação, garantindo que as próximas gerações possam continuar vivendo em harmonia com a natureza”, ressalta.

A “Ponte” entre acadêmicos e o CREA-PA

O CREA-JR, programa voltado para estudantes das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências, desempenha um papel essencial na formação acadêmica, aproximando os futuros profissionais do conselho e das práticas regulamentadas.

“O CREA-JR é nossa ‘ponte’ entre os acadêmicos e o nosso conselho maior. Ele nos permite entender melhor a profissão, conhecer nossas responsabilidades e garantir que a engenharia seja exercida com ética e compromisso ambiental”, destaca Werley.

Valorização dos saberes Indígenas e o Papel da Engenharia

A valorização das práticas indígenas é um ponto essencial para a preservação ambiental. Os povos originários sempre tiveram uma relação equilibrada com a floresta, manejando seus recursos sem esgotá-los. Esse conhecimento, aliado à Engenharia Florestal, pode trazer soluções inovadoras, para a conservação e o uso sustentável das florestas.

Enga. Civil Adriana Falconeri, presidente do CREA-PA.

“Os povos indígenas nunca viram a floresta como um simples recurso comercial. Para nós, ela é vida, cultura, sustento e espiritualidade. É essencial que a Engenharia Florestal compreenda e valorize esse conhecimento tradicional, para que possamos desenvolver técnicas que respeitem a biodiversidade e fortaleçam nossas comunidades”, conclui Werley.

A presidente do CREA-PA, Engª. Civil Adriana Falconeri, destaca que a Engenharia desempenha um papel essencial na melhoria da qualidade de vida das populações que vivem na floresta. Por isso, a COP30, que será realizada este ano em Belém do Pará, deve reforçar o compromisso com a valorização das práticas indígenas, reconhecendo o papel fundamental dos povos originários na preservação do meio ambiente e na construção de um futuro mais sustentável.