A 1.236ª plenária ​do CREA-PA focada em Transparência e Desenvolvimento Profissional aconteceu em Belém no dia 21/08

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) realizou a 1.236ª Sessão Ordinária do Plenário nesta quinta-feira (21), na sede da instituição, em Belém. A reunião, que contou com transmissão ao vivo para promover maior transparência, reuniu conselheiros e a diretoria para debater e aprovar pautas cruciais para a classe e para a sociedade.

​Durante a sessão, foram abordados diversos temas de grande relevância, como a revisão e o sucesso do Congresso Estadual de Profissionais (CEP), que alcançou uma participação recorde. O evento também destacou a integração da engenharia com a gestão pública.

Entre os principais destaques da plenária, a Presidente do Conselho, Adriana Falconeri, ressaltou o compromisso do CREA-PA com a ética profissional, evidenciado pelo esforço em engajar instituições de ensino para garantir que os futuros profissionais se formem com uma base ética sólida e um compromisso com a qualidade do seu trabalho.

A Presidente enfatizou a seriedade da profissão e a responsabilidade que acompanha a assinatura de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). “É muito importante que os profissionais saiam das suas instituições de ensino com ética e qualidade em seus serviços. Ao assinar uma ART, não se trata apenas de um documento, mas da certificação de um projeto, de uma avaliação, de uma perícia ou de uma execução”, destacou.

Falconeri ainda reforçou que a assinatura de uma ART não deve ser encarada como uma mera formalidade, mas sim como um instrumento que atesta a legitimidade técnica do trabalho realizado, e que a falta de seriedade neste ato prejudica a profissão.

A plenária do CREA-PA não apenas destacou projetos de grande impacto, mas também serviu como palco para a apresentação dos relatórios das câmaras setoriais. Esses grupos de trabalho, especializados nas diferentes áreas da engenharia e agronomia, trouxeram à tona temas relevantes para o desenvolvimento profissional e para a sociedade paraense.

• ​Câmara de Engenharia Civil: Discutiu as obras de saneamento e estruturais em Belém. O grupo participou de um debate sobre a COP 30 e a relevância de infraestruturas sustentáveis, além de anunciar um próximo encontro em Marabá para o dia 22 de setembro;
• ​Câmara de Agronomia: Relatou a bem-sucedida defesa da profissão durante um encontro nacional em Manaus, na qual se posicionaram contra a Lei 4594/21, que ameaçava transferir atribuições exclusivas de agrônomos para zootecnistas;
• ​Câmara de Minas e Geologia: Apresentou um acordo de cooperação com a Agência Nacional de Mineração (ANM) para a realização de fiscalizações conjuntas em barragens na região de Marabá. A câmara também revelou a iniciativa do projeto “Tesouros do Pará”, que busca promover a educação ambiental e a mineração sustentável em escolas e comunidades;
• Câmara de Engenharia Florestal: Exibiu uma análise aprofundada das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) de engenheiros florestais emitidas no Pará, com o objetivo de identificar as principais áreas de atuação desses profissionais no estado, sobretudo no oeste paraense e na região de Paragominas. Este estudo será apresentado em um artigo para o CONTEC.

Em seu discurso na plenária, a Conselheira Federal Andréia Conduru celebrou o fim dos cursos de engenharia a distância, uma “grande vitória para a sociedade” e para o sistema CONFEA/CREA. Em sua fala, ela destacou que essa conquista representa uma vitória para “cada engenheiro que sabe a seriedade da sua profissão e que não quer a mercantilização da sua profissão”.